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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Menos 400 a 600 gr por dia ou um Homem

Quando perco peso de noite sinto-o, sei que se passa isso com muitas pessoas. De manhã subo para a balança sem medo, muitas vezes nem tiro o pijama, subo simplesmente sem medo e sim perdi umas gramas, claro que depois tiro o pijama, nem que seja apenas uma camisola - de Verão não gosto muito de dormir de pijama - e da balança saem ainda mais umas gramas.
Ontem disseram-me que ele gostava de mim, sentia paixão por mim, me desejava, como eu a ele, e desta vez eu acreditei, talvez por agora eu ter certamente menos de metade do peso dele, eu sou alguém desejável. É engraçado... antes eu só tinha mais uns 4 kg... 4kg fazem essa diferença toda? Não há nada menos atractivo para mim que estar ao lado de um trinca-espinhas, daqueles homens que são só ossos, que parecem brinquedos, que têm uma cabeça que parece um lego, detesto pegar no rosto de um homem e sentir que o consigo quebrar com as minhas mãos de fada. O dele não é nada assim, ele detesta quando lhe digo isso mas é verdade, tem um rosto enorme, daqueles que só se vê nos filmes épicos parece que já não existem homens assim a não ser nos filmes, fazem as minhas mãos compridas parecem umas mãos de criança.
Uma vez quando estava em cima dele, olhei para o meu corpo e tive a sensação que era de brincar, senti-me uma barbie, queria ficar com essa sensação para sempre. Todas as mulheres se deviam sentir assim, lindas, magras, perfeitas.
Devíamos-nos sentir sempre protegidas por um homem assim, como não sentir? Basta ter a mão dele na minha cintura de noite e eu sei que nada de mal me pode acontecer.
A culpa de querermos ser assim não é nossa, é deles, se todos os homens fossem assim como os dos filmes épicos, como ele é, nós éramos e seriamos sempre magras e pequeninas, até eu que de baixa não tenho nada.
Eu lutava contra o sono só para ficar a olhar para aquele palerma a dormir.

Devia perder o medo e deixar de ser pateta e voltar a estar com ele e esquecer os menos 400 a 600 gr por dia.

terça-feira, 18 de maio de 2010

A Fé...

(texto removido)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

a Meta, mas qual meta?

Todos sabemos que a meta é o ponto onde termina\se encerra algo, não é preciso ir buscar a definição ao dicionário. Mas quando toca a dietas o significado é outro ou então deve existir um dicionário que eu desconheço, pois as metas nunca são cumpridas e quando o são, embora o único concorrente sejamos sempre nós, uma vez chegando lá o resultado é frustrante.
Ora vejamos o exemplo Anabela concorre para a meta dos 50kg, chega lá, não gostou, não lhe soube a nada. Foi aos treinos, fez tudo que a treinadora mandou, andou meses, anos a preparar-se para a corrida, subiu ao pódio e teve a medalha de ouro e desceu lá com se tivesse chegado em último lugar e a sentir que tinha concorrido para a meta dos 100kg.
E agora? O que é que a Anabela vai fazer? Eu sei que a Anabela vai voltar para os mesmos treinadores e concorrer para a meta dos 40kg. Na minha opinião ela devia mudar de treinadores.

A Exah deixou os treinos de parte, viu umas fotos que a assustaram e gritou "Eu sou assim? Aquelas são as minhas pernas? Eu sou assim tão magra?!"" a família disse "Sim tu és assim, como pensavas que eras?" não adiantou... rapidamente voltei ao normal... afinal eram só umas fotos.
A meta da Exah estava atingida mas a Exah continuou a não gostar e vai competir para outra.

domingo, 16 de maio de 2010

Não magoar os outros tb é uma forma de não nos magoarmos

Exah andava bem com a vida, o que é Exah andar bem com a vida? É dormir direito, acordar a horas para ir nas aulas, estar com os seus amigos, planear os seus estudos, ter tempo para sair com os amigos, comprar comida para casa, fazer as lides da casa (isso nunca tive problema, graças a Deus) andar entusiasmada com os projectos futuros e uma agenda super preenchidas, ter dinheiro e não o estourar em idiotices, ter problemas e saber respirar fundo, cada coisa a seu tempo. Mas claro o medo vinha sempre ao de cima, e, eu sabia que tudo ia voltar, peço "Por favor só mais um dia assim..." mas o dia há de chegar.
Não aguento mais viver assim, e se eu vou até ao fim por quem amo, então eu devo ir ao teu ao fim por mim, vou tentar o impossível por mim, eu sei que eu mereço. Vou marcar uma viagem para estar com os meus Mestres e se isto não me fizer pelo menos menos respirar de outra forma, aí sim posso dar o meu ultimo suspiro de misericórdia.

Deixo-vos com um texto que escrevi há minutos talvez não faça muito sentido, mas é uma mensagem de esperança, vale sempre mais sentir ainda que não nos entendam, pois a capacidade de sentir é aquilo que nos torna únicos. Tenham pena de vós de se não conseguirem sentir, mas nunca tenham pena de vós por sentir.

Acho que está a acontecer de novo. Seria pedir demais que não chegasse este momento, também não peço. Só peço que demore a chegar. Talvez devesse pedir mais , exigir mais,gritar mais, não devia aceitar tanto esta condição. Devia? É como se mais tarde ou mais cedo fosse certo que a única que me resta nesta será ceder e tirar de uma vez a minha vida a num rasgo de loucura cedendo a mim mesma o último suspiro de angústia, porque eu não aguento mais, não dá simplesmente para aguentar mais, nada é suficiente nada! Nada! E tudo, tudo é demais, Tudo me fere como se eu não tivesse pele, e o meu corpo fosse carne viva, no entanto nada me afecta, e eu não tenho expressão porque eu sou um rosto da pálida e gélida melancolia, e essa sou eu, sou tudo e não sou nada, o nada que não existe.
Eu não amo, mas quando amo, amo demais, amo até me tirarem a alma devemos amar assim? Talvez não, mas se assim não de que adianta amar? E se me tiram a alma é porque não me amaram como eu amei,com certeza, porque quem ama não faz isso, mas o que é que isso importa para mim? Nada! Absolutamente nada, eu vivo para mim, chega-me saber que amei, se os outros não amam não me importa. Eu amo, eu dei a minha alma e tudo o que tinha para fazer aquele que amo feliz, não roubei nada a ninguém,s e eles roubam o que é que eu tenho a ver com isso?
Podia ter sido diferente? Claro que não. Vou sempre amar pessoas que deitam o meu coração no lixo, porque eu sou assim, escolhi não jogar, não mentir, escolhi amar, não quero roubar corações, acredito que isso me faria ainda mais miserável.
Faria tudo de novo porque eu sou assim, sinto tudo no limite, não tenho pele, tudo me faz sangrar demais, sentir demais, tudo me afecta e nada me afecta, Mas eu estou sempre lá para quem amo e quando eu choro a melancolia está lá para mim, se não está vou buscar o coração ao lixo. Melhor isso (ir buscar o meu) que ir buscar um (outro de alguém) que foi lá metido por mim.

sábado, 15 de maio de 2010

Começo

Bom dia princesas,

Decidi deixar o outro blog privado, até descobri o que fazer com ele, não vou postar lá nem o vou abrir ao público por enquanto, talvez quando ele faça anos o abra.
Passou algum tempo desde que aqui vim a última vez, estive bem uma altura, umas 2 semanas, cheia de energia e vontade de viver, assim do nada eu queria fazer coisas, qualquer coisa, arrumar tudo, sair, nem que fosse para comprar uma garrafa de água, não gastava dinheiro à toa, controlava-me, ia todas as semanas ao teatro, às aulas, tomava café com os meus amigos, saía à noite 1 ou duas vezes por semana, estava tudo como deve ser, sem excessos.
Conseguia sair à rua sozinha sem problemas, sem fazer filmes, tinha sempre uma agenda preenchida e mil coisas combinadas com amigos. Mas claro que isso não ia durar muito.
O meu peso, não tem torturado muito, sabem que a opinião dos outros no que toca a esta minha dismorfia, vale o mesmo que merde, mas quando recentemente estive de férias no estrangeiro vi umas fotos minhas que me alarmaram bastante Exah as tuas pernas metem medo de tão finas que estão, e, durante uma ou duas semanas comecei a ficar assustada mas, óbvio que passou.

O meu problema vai muito além do espelho, eu tenho uma auto estima inabalável no que respeita ao meu carácter e capacidades intelectuais, claro que uma hora ou outra todos pomos isso em causa, é normal, mas regra geral nisso eu sinto me sempre segura. O problema é a minha imagem física, se alguém não quer estar comigo é porque sou gorda, tenho barriga, não estou suficientemente agradável, o meu conjunto físico não é digno daquela companhia, sou uma gorda.
A minha pele pode estar sempre hidratada e a cheirar bem mas isso só não chega, há algo em mim de imperfeito demais. Não é que me sinta inferior a outras mulheres, não, porque nem me comparo com elas. Eu sou o centro dos meus problemas, é tudo direcciona em mim e para mim, não são os outros, não é por eles terem, ou elas terem corpos bonitos que eu tenho azar, a questão nunca é essa, porque eu penso em mim não nelas, foco o meu problema em mim. Não sou do tipo de mulher que é deixada por um homem e vai ver se a outra com quem ele está é gira, não quero saber, gira ou não, ela é que ficou com ele, o resto não me importa, eu vou ficar mal na mesma, e vou achar sempre que é porque sou uma baleia, ainda que ela seja visivelmente uma tripla-baleia.
Eu nem sempre fui assim, duvido que volte a ser o que fui, daria muita coisa para ser quem fui, mas a vida não funciona assim.
Porque me tornei assim? Como deixei um distúrbio ganhar estas porpoções, eu explico no próximo.