topbella

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Saiu-me o totoloto.



Para que melhor compreendam este post talvez seja melhor ler este aqui antes. Depois disso, fui internada durante 1 mês em regime diurno, o que significa que podia vir dormir a casa - entro em detalhes sobre isso num próximo post.

Muito se discutiu sobre o que se passa comigo, mas parece que após uns longos e intermináveis 15 anos se chegou a uma conclusão, borderline e bipolar...
Não consigo deixar de pensar em como ou no porquê de me ter tornado assim e se em algum momento da minha vida me tornei nisto ou evoluí para isto, então talvez se descobrir quando tal se deu, talvez seja possível corrigir-me... mas não funciona assim, pois não? Vai ser sempre doer. Não tem cura, não vai melhorar.
Perguntei ao médico ontem "É possível eu não ter nada?" foi aí que ele me disse-me "Não." e que eu tinha traços dos dois distúrbios.
Eu sempre soube que era diferente, todos à minha volta sabiam e ninguém sabia o que fazer com isso. Não culpo ninguém mas por vezes dá vontade de o fazer, se alguém, visto que Pais, família, professores, psicologos da escola, todos percebiam que eu era uma criança fora do comum, que havia algo em mim diferente. Porquê tive de evoluir para isto? E, agora não tenho como voltar atrás.
Provavelmente seja por isso que ainda hoje tenho imensa dificuldade em aceitar elogios, detesto ser elogiada, tento sempre fintar os elogios, de alguma maneira inconscientemente acho que foram os elogios que me estragaram a vida, sempre soube que era única, porque me sentia e sabia que o era, e porque à minha volta todos pareciam sabê-lo e isso só me fazia sentir ainda mais esquisita e ser única era ser um Ser infeliz, sozinho, isolado ainda que no meio de uma multidão de pessoas com quem comunicar mas não falar a mesma linguagem, condenado, amaldiçoado, preso a uma doença sem nome. Enquanto todos queriam ser especiais eu queria ser banal e feliz, fútil e igual mas não podia e é por isso que dos poucos lugares onde me sinto bem é em manicómios ou com os meus amigos, onde não há espaço para ser única, porque quase todos sofrem de alguma "excentricidade" e são forçados a ser únicos como eu e o nosso entendimento uns pelos outros é genuíno porque sabemos o que é viver com um estigma.

O normal é ser desigual, irregular, inconstante, ter repentes e acessos de fúria por motivo nenhum. O normal é algo muito discutível, eu sei, mas para mim é muito simples, deixa de ser normal, quando começa a doer muito, a fazer nos sofrer demais, quando causa uma dor insuportável nas nossas vidas, levando algumas vezes a que prefiramos escolher não sobreviver a isto, e a duração de tal pode ir de minutos, a horas, dias, semanas, meses ou anos e não é uma fase é uma vida inteira assim, é viver assim, viver nesta condição, nestes termos sem conhecer outra realidade, é não ter escolha, e assim sendo para mim este é o meu normal que eu entendo que não devia ser normal, mas não foi uma escolha minha.

4 comentários:

Anónimo disse...

quantos anos tens?

Fada Oxy disse...

O normal ée ser diferente e ter doenças, porque hoje dificilmente uma pessoa pode se dizeer , EU SOU FELIZ, EU SOU NORMAL E SAUDAVEL ,
impossivel , cada um tem suua loucura e nos amamos por isso

beijos ♥

Anónimo disse...

pa saber se estou a afalar com alguem q tem idade p ser minha mae ou nao. curiosidade

Malu disse...

To seguindo ake, naum sei se lembras de mim :S
Essas doenças são chatas mas conheço gente que convive normalmente com elas :)

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