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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Moody bitch - Primeiro ataque - namorada doida, eu?

Ainda não falei sobre uma das coisas mais importantes, presentemente, na minha vida. E odeio, odeio, odeio, ter de admitir isto - o namorado.

Porque é que odeio ter de admitir isto? Porque andei tanto tempo a enganar-me a mim mesma, a dizer que NÃO PRECISO de um homem na minha vida e quando olho para mim é o mesmo que ter de encarar um espelho que me mostra o quanto eu estava enganada, um espelho que me mostra o quão frágil e vulnerável eu sou e o quão só eu estava e não, eu não gostava e não suportava e sim magoava, magoava como o diabo, e ao que parece eu não gosto assim tanto do inferno a não ser que ele seja um demónio.

Desta vez eu não fugi, não me comportei como uma histérica, psicótica, neurótica, não fiz 30 por uma linha quando senti que me estava a apaixonar, assim só para arrumar uma grande cena e ele fugir a 7 pés e me deixar em paz, não eu não consegui... Com ele eu não fui capaz, ele fazia me sentir tão mas tão bem comigo mesma, na minha pele, tudo parecia tão natural em mim. E eu quase parecia não mais que uma comum mortal.

Até que na semana passada a inquietude, o turbilhão de sentimentos, aquele tsunami de sentimentos esquisitos que não me deixam descansar voltou. Só queria ir para casa dele e partir lhe a louça toda LITERALMENTE partir-lhe aquela merda toda e bater nele também (e não no bom sentido), apetecia-me gritar, lutar, berrar, que violência! Sentia-me tão angustiada, aflita, inquieta, que tormento.
Céus como eu odeio, odeio, odeio gostar de alguém, não ter controlo nenhum sobre o meu coração deixa-me maluca! O que me aconteceu? Eu que não precisava de gajo nenhum para nada acabei aqui assim, apanhadinha por este palerma? (Que de palerma não tem nada...)



Ponto da situação:

Claro que ele sabe que eu sou border, eu contei-lhe logo no primeiro mês de namoro, com muito jeitinho, primeiro falei-lhe que tinha ataques de pânico, depois que tinha ADD, depois falei das tentativas de suicido e que andava em consultas de prevenção mas que estava tudo sob controlo e sempre disse que tinha algo que era considerado mais grave mas que ele não ia querer saber agora. Por fim contei. Ele só perguntou se eu algum dia ia conseguir ser feliz. Eu disse que já era.

Há dias ele disse algo que me deu uns nervos!!! Fora do contexto isto pode fazê-lo parecer um egoísta sem coração mas ele não é. O que ele disse foi algo como "Não quero namorar contigo um ano e depois tu acabares morta!" na altura aquilo não me magoou, claro que não, porque o que ele quis dizer foi "Por favor tu mais vais voltar a tentar magoar-te, vais?" e eu percebi, aliás sempre que ele vê as minhas marcas de cortes ele só diz "Oh isso deixa-me tão triste, minha pobrezinha." (isto traduzido para pt fica tão sem charme lol) mas claro que esta cabecinha doente começou a pensar na merda da frase "Não quero namorar contigo um ano e depois tu acabares morta!", "Não quero namorar contigo um ano e depois tu acabares morta!", "Não quero namorar contigo um ano e depois tu acabares morta!" até que a tirou absolutamente fora do contexto e teve um ataque daqueles!!!!! A frase e mais uma série de coisas e depois já nem era nada, era mesmo só ter de o tratar mal por ter e querer fazer merda por fazer. Acham mesmo que há santo que aguente?

Discuti com ele, mandei o para o caralho (literalmente, mas atenção isso não é assim tão mau, ele é irlandês, por isso, dizer asneiras é algo quase cultural e eu como sou do norte para mim também é na boa, de qualquer maneira numa discussão...) disse que não queria saber mais dele - e como ele ia sair naquela noite - mandei o fazer bom proveito e que encontrasse alguém da sua laia porque eu não era como ele (?!?!) WTF? No outro dia quando percebi a merda que fiz só queria que a terra me engolisse!!!! Fiquei o dia inteiro numa agonia inexplicável sem noticias dele, pensei que ele nunca mais me ia falar (não era o primeiro, mas deste eu gosto a sério) tentei falar com ele e já estava a desesperar, mandei a última mensagem eram já quase 6h da tarde a perguntar se ele me estava a castigar e dar o tratamento do silêncio e se nunca mais ia falar comigo, minutos depois ele disse que não estava com o telemóvel (passou o dia a fazer ski) e claro que ia falar comigo. Nessa noite falamos, ele perguntou se isto vai ser sempre assim, eu disse que vai piorar. Obviamente que ele disse que se for assim ele não vai continuar a aturar isto, num momento eu adoro-o e trato-o super bem, no outro do nada trato-o super mal. Eu disse que se ele não me ajudar piora, porque eu nem dou conta da merda que faço até ao dia seguinte e agora está a começar a piorar porque tudo aquilo em que acreditava era mentira e isso é demasiado confuso para mim.

Não quero ser a namorada doida, não quero, será que isto vai mesmo piorar??? Vou conseguir controlar-me? Disse-lhe que se ele me fizer sentir segura eu controlo-me, controlo? Ou volta e meia vou mesmo querer ir a casa dele e partir aquilo tudo?

2 comentários:

Raposita disse...

wow... adoro a maneira como escreves! Li os ultimos dois posts. pareces estar nessa luta á muito tempo... por muito que se recupere, não se esquece, não é? :)

Lâmina Prateada disse...

Olá, obrigado pelo post no meu blog.

Lí esse post e foi engraçado, pensei "Um brasileiro, tentando entender o relacionamento de uma menina portuguesa com um irlandes, que acabou de intepretar coisas erradas"

ai voltei e lí novamente, e tenho de falar, muito intenso seu post, e comece a treinar como controlar seus impulsos e ódio. Quando eles dominam, eles vencem e levam tudo que temos.

Eu ja perdi tudo, aprendi e recomecei.

A vida não tem que ser perfeita, basta ser vivida.

mais uma vez, obrigado!

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